agosto 31, 2010

outono

Já faz algum tempo, as folhas da árvore em frente a nossa casa começaram a ficar amarelas. Agora estão ficando alaranjadas. As temperaturas estão mais baixas, os dias estão mais curtos. Ele vem chegando, o outono e, sutilmente, vai batendo na porta do verão pedindo pra entrar.
Porque tão cedo, seu Outono?
Porque tão cedo, pergunta o Verão?
Nem tão cedo, seu Verão.
Pergunte ao tempo, ao clima, aos homens...
Mas, se quer mesmo saber, acho eu que é assim mesmo, sempre foi, um pouco mais, um pouco menos. A gente esquece, não lembra mais que era assim, depois mudou, aí voltou a ser como era e de novo mudou. São ciclos que se alternam, mais frio, mais quente, mais longo, mais curto, nem culpa minha, nem sua, nem de ninguém, apenas a ordem natural das coisas.

em obras

No domingo chuvoso, a sala do tatame, o Sun room, ficou em obras o dia todo. Uma cabana de papelão apareceu por ali.

agosto 30, 2010

como construir uma canoa

Procurando informações sobre como está o clima nas montanhas, se já está nevando lá por cima nos picos, sim porque as temperaturas caíram bastante nos últimos dias, mínimas em torno de +5 e máximas em torno de +15, então achei que a queda estivesse relacionada com neve nas montanhas, enfim, acabei encontrando esse documentário 'Cesar's Bark Canoe', do National Film Board do Canadá.

É longo, mas é maravilhoso. Silencioso. E mostra como um home pode usar tão bem os recursos naturais pra construir coisas tão fantásticas. Fico pensando se ainda há nativos que saibam construir uma canoa assim. Seria uma perda esse saber ser perdido ao longo das gerações.

O filme é meio Zen, me lembrou um pouco o clássico Dersu Uzala, do diretor Akira Kurosawa que assisti na adolescência e muitas vezes depois. Tente assistir. Se não conseguir ver de uma vez só, veja aos pedaços. Mas veja. É valioso.

agosto 28, 2010

wrestling

A toda hora esses caras se pegam, se empurram, se jogam um em cima do outro. Rola gravata, agarrão, rasteira. É muita energia, muita testosterona pra gastar.

agosto 27, 2010

bowness park

Calor de 30 graus, sol brilhando, o trio brincando com a água da mangueira no quintal. E o rio passando a poucos quilômetros daqui. Resolvi levá-los ao Bowness Park. Não conhecíamos e achamos bem legal. Ninguém teve coragem de enfrentar a água gelada do Bow river pra nadar, mas deu pra refrescar. Tinha muita gente nadando, mutios bores descendo o rio, muita gente deitada sob as sombras, lendo um livro, tentando fugir do calor. Um link com mais info e fotos do lugar: http://www.calgaryarea.com/calgary_parks/bowness_park/bowness.htm

canmore [4]

Canmore comes from the Gaelic ‘ceann mor’ meaning ‘big head’ or ‘big brain’ or ‘big chief’, the nick name of Malcom III, King of Scotland between 1057 and 1093.
Canmore, do Gaélico ‘ceann mor’ que significa ‘cabeçudo’ ou ‘crânio [inteligente]’ ou ‘chefão’, apelido de Malcom III, Rei da Escócia entre 1057 e 1093.

bow valley parkway [1A] 4

montanhas [3]

agosto 26, 2010

mini chefs

Invariavelmente há uma pequena briga entre os três na hora de escolher o filme que vão assistir. Discutem, esse de novo não, esse outro eu não gosto, faz tempo que não vemos esse aqui. Vários argumentos pró e contra um e outro filme. Tem dias que a coisa anda rápido e logo decidem por um filme qualquer. Mas tem certos dias em que não há acordo. Segunda-feira foi um desses dias e eu resolvi entrar na parada e disse que eu iria escolher um filme: Ratatouille. Acho genial. Eles gostam bastante também e não assistiam faz um bom tempo.

Assisti alguns pedaços com eles e na hora da última receita, Remy, o ratinho mini-chef preparando um prato todo colorido, viraram pra mim e disseram: ‘vamos fazer Ratatouille, pai?’ E comentaram como o personagem Anton Ego gostou da comida, tanto que voltou a infância. Acho que isso foi chave pra eles pedirem pra fazer a comida, o menino Anton Ego adorava o Ratatouille que a mãe fazia. Achei que dava pra fazer e topei: ‘vamos fazer Ratatouille! Mas vocês vão ter que ajudar a achar a receita, a comprar os ingredientes, a preparar o prato, tudinho!’ Pensando bem, o prato é bem bonito no desenho, super colorido, cheio de rodelas, divertido enfim. Essa historia de quererem cozinhar começou quando Bibia e Andre estavam aqui e fizeram vários pratos com os vizinhos Kristin e Colin. E um dia os três pegaram um livro de receitas e começaram a folhear e diziam: ‘queremos fazer isso, e isso e mais isso, queremos cozinhar!!!’ Isso porque sempre nos ajudam a fazer bolos, panquecas e outros quitutes.

Bom, ontem no final da tarde calhou de passarmos na frente de uma feira [um farmer’s market] aqui perto de casa e resolvi dar uma volta pra ver o que encontrava de diferente. E não é que encontrei uma abobrinha amarela, amarelo cor de lima, bem claro e vivo?! Era o ingrediente que faltava pra fazer o Ratatouille. Vou levar, pensei, não custa nada experimentar. Já tinha em casa cenoura, tomate e abobrinha verde, faltava o amarelo. Pronto! Cheguei em casa e dei uma brauseada [existe essa palavra?] atrás de receitas de Ratatouille e dentre as inúmeras gostei de uma que dizia ser a receita de Ratatouille do Remy, do filme. Perfeito! Guardei o link pra usar no dia seguinte.

Hoje cedo fiz minhas coisas e as dez e meia chamei os três pra prepararmos o Ratatouille. Dei uma simplificada na receita e começamos. Eles colocaram os aventais que ganharam da vovó Guguta, li a receita no site com eles, separamos os ingredientes, os utensílios, as vasilhas. Preparamos o molho de tomate pra ir ao fundo da vasilha, cortamos os legumes em rodelas finas, preparamos um tipo de vinagrete com azeite, ervas e vinagre pra salpicar sobre o prato montado. Montamos o prato, primeiro o molho, depois cada um colocando uma rodela de uma cor, por fim o vinagrete. Acho que era perto do meio-dia quando terminamos a montagem do prato e o colocamos no forno, fogo médio, coberto por papel alumínio. Uma hora e meia de forno. Mais do que eu esperava.

Quando ficou pronto, os três foram unânimes: ‘não ficou tão bonito, estava mais bonito antes...’ Provaram, gostaram, mas não comeram gemendo. Fazer o que, ainda têm muito o que aprender em relação a comida. Pelo menos se divertiram fazendo o prato e acho que isso é o mais importante. Eu, bom, além de me divertir, eu adorei, lambi os beiços, me regalei!

bow valley parkway [1A] 3

canmore [3]

montanhas [2]

agosto 25, 2010

escondidos

Eles se escondem. Adoram se esconder. Super bem escondidos! Tiram tudo de dentro do baú, deixam ali, sem cerimônia, como se nada tivesse acontecido. Um deles entra no baú e outro, discretamente, senta sobre o baú e chama: ‘pai, o fulano sumiu, vem ajudar a procurar?!?!?’ E ainda fica dando dicas pra despitar: ‘procura ali, embaixo da mesa, atrás do sofá, dentro do armário...’

montanhas

bow valley parkway [1A] 2

canmore [2]

agosto 23, 2010

último dia da vovó maria

Ela parte amanhã bem cedo de volta ao Brasil. Um mês passou voando...

correndo

Doze, quinze graus lá fora e os três correndo pra lá e pra cá, do quintal pra rua, da rua pro quintal, sem parar, como se estivesse fazendo calor. E não adianta falar nada. Como dizia meu tio, as crianças têm pele de crocodilo, não sentem frio.

agosto 22, 2010

voando

Esses meninos estão ficando cada vez mais moleques, inventando traquinagens. Estranhamente, a moleca por excelência, Laura, ficou fora dessa. Acabei logo com a brincadeira não sem antes garantir uma foto de cada um.